Celebrado em 1º de outubro, o Dia Mundial da Urticária tem como objetivo conscientizar a população sobre essa condição de pele que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Caracterizada por manchas avermelhadas, coceira intensa e inchaço, a urticária pode surgir de forma repentina e impactar significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
A doença se manifesta quando o organismo libera histamina, substância que provoca reações inflamatórias na pele. As lesões costumam aparecer e desaparecer em poucas horas, mas, em alguns casos, podem persistir por semanas ou até meses — caracterizando a forma crônica da doença.
“Existem as urticárias crônicas espontâneas (UCE) e as induzidas. Na UCE, há um fator autoimune associado, ou seja, não vamos conseguir encontrar uma causa e corresponde à maioria dos casos. Nas induzidas nós conseguimos identificar um fator causal como picadas de insetos, alimentos, medicamentos, mudanças abruptas de temperatura, sol e exercício físico; e existem as agudas, com um quadro único de urticárias e, na grande maioria das vezes, possui causa infecciosa. Independentemente do tipo de urticária, o paciente deve ser submetido a avaliação detalhada para ver o tratamento mais adequado para o seu caso”, salienta Eli Roberto Garcia Filho, médico pediatra e alergologista, cooperado da Unimed Bauru.
Os sintomas comuns da urticária incluem placas avermelhadas ou esbranquiçadas na pele; coceira intensa; inchaço localizado (angioedema); desaparecimento das lesões em até 24 horas (na forma aguda).
Nos casos mais graves, a urticária pode vir acompanhada de inchaço nos lábios, olhos e garganta, com risco de complicações respiratórias — o que exige atenção médica imediata.
Diferenças em relação a outras doenças de pele
Ao contrário de doenças como dermatite atópica, psoríase ou alergias de contato, a urticária tem como principal característica a transitoriedade das lesões. As manchas surgem de repente, mudam de lugar e somem sem deixar cicatrizes, o que ajuda no diagnóstico clínico.
“Muitas vezes, os pais confundem urticária com brotoejas ou alergias alimentares pontuais, mas a evolução rápida das lesões e a coceira intensa são sinais de alerta”, orienta o médico.
Quando procurar ajuda médica?
Embora a urticária aguda possa desaparecer sozinha, é importante procurar um especialista nos seguintes casos:
· Sintomas persistem por mais de 6 semanas
· Episódios frequentes e sem causa aparente
· Dificuldade para respirar ou inchaço na face
· Comprometimento da rotina diária ou do sono
O tratamento pode incluir o uso de anti-histamínicos e, em casos mais graves, corticoides ou imunomoduladores. Também é essencial investigar possíveis gatilhos, que variam de pessoa para pessoa.
Na foto, o médico Eli Roberto Garcia Filho, pediatra e alergologista